quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Artigo: Gestão de Dados - Parte II: Informação, gerência e velocidade

    A era da Informação e do Conhecimento não é marcada apenas pelo acúmulo e cruzamento de informações gerados no decorrer do tempo, mas também pela velocidade em que esses resultados são capazes de trafegar e criar valor, seja para os que geram ou para aqueles que os consomem.
   É essa velocidade que marca a dinâmica do mercado e das concorrências. Uma informação correta em medida e velocidade pode colocar uma empresa na liderança de seu segmento de mercado e aumentar suas chances de lucro em poucos meses. 
 
   Por isso, aqui a Gestão de Dados assume uma faceta mais técnica, voltada para ferramentas e processos combinados a favor da performance na recuperação da informação. Cito algumas delas:

1. Modelagem do Negócio: essa técnica (de natureza processual) permite que o fluxo do negócio seja visualizado. Através da modelagem, pode-se:
  • Entender melhor o tipo de negócio;
  • Identificar quais são os novos dados que deverão ser armazenados, quais os dados de outros sistemas serão necessários (integração de informações);
  • Definir critérios e regras de qualidade a serem aplicados nos dados;
  • Definir o escopo de sistemas computacionais, os requisitos funcionais e não funcionais e criar um bom planejamento de projeto;
  • Simular o funcionamento do negócio antes de implementá-lo.
          2. Modelagem de Dados: é uma técnica que vai definir a organização lógica da informação no Banco de Dados. Através da modelagem dos dados pode-se:
  • Gerar e manter informações sobre os dados, criando dicionários de dados;
  • Organizar o banco de dados, valorizando a performance;
  • Criar categorias de dados;
  • Garantir que determinada informação está cadastrada na empresa apenas uma vez;
  • Implantar regras de qualidade de dados;
  • Gerenciar a informação de forma estruturada.
            3. Bancos de dados: é uma ferramenta muito eficaz para o armazenamento de dados. Os Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGBD´s) possuem algoritmos de pesquisas próprios que são capazes de fornecer a informação em poucos segundos. Porém para que um SGBD esteja bem calibrado, é importante observar: 
  • Modelagens de dados enxutas, focadas na performance;
  • Um Banco de Dados deve servir para armazenar e recuperar as informações pertinentes ao negócio. Quando existem “processos parasitas” utilizando sua capacidade de processamento, ele começa a apresentar lentidão e queda de performance;
  • Os objetos de bancos de dados (programas sql, procedures, triggers, packages, etc) não devem consumir processamento que não seja os relacionados ao negócio. Por exemplo, integrações entre outros bancos ou execução de carga de dados com esses objetos consomem demasiado processamento de Banco e, quase sempre, não têm a ver com o processamento do negócio em si, atrapalhando as operações.
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    4. Integração de Dados: a realização de integrações entre sistema e carga de dados, deve ser feita em ambiente próprio, com capacidade de armazenamento e memória, regência de processos e unidades de processamento à parte, que não sejam os dos Bancos de Dados.
   A velocidade em que as informações são montadas e apresentadas faz toda a diferença. Quem nunca ouviu aquela célebre frase de uma atendente que diz: “O sistema está fora do ar. Não posso fazer nada.” E, ao ouvir, quem não sentiu certo tipo de frustração por não ter sido atendido? 
 
   As melhores soluções, em termos financieros, são as preditivas e evolutivas. Pensar dessa forma é estar em consonância com o negócio e estar ajudando a viabilizar o seu sucesso.
 
   A Gestão de Dados se inicia antes mesmo dos sistemas computacionais. Quando existente na empresa, ela auxilia no pensamento das estruturas dos sistemas com o viés de negócio; ajuda a estruturar o uso e a recuperação da informação, antes da programação e da tecnologia a ser empregada; e permite todo o planejamento do parque computacional e tráfego de informações.
 
   Nesse contexto, pode-se pensar na viabilidade rápida da informação como um fator de sucesso para a empresa não apenas no atendimento das suas operações como também na geração de informações capazes de dar suporte às decisões e estratégias.